Acredito que quando nos deparamos com essa palavra, ela nos remete a uma série de situações ou sentimentos.
Pensando em situações podemos imaginar um projeto, um trabalho, um passeio, uma viagem ou qualquer outra atividade. Podemos também pensar em grupos. Familia, colegas, amigos, vizinhos.
Podemos ainda pensar em pessoas individualmente. Pai, mãe, chefe, médico.
E quando falamos de sentimentos a quem nossa mente procura.
Em quantas pessoas confiamos sem nenhuma restrição?
Pensei em tudo isso depois de ouvir a descrição de uma situação que vou dividir com quem tiver interesse em pensar nessa palavra: confiança.
Vale lembrar que a confiança nos move ou nos impede, também.
Alguém qua caminha normalmente em qualquer via pública, espaço externo ou interno, logicamente desvia de obstáculos. Quer sejam buracos, móveis, equipamentos ou qualquer coisa que impeça o trânsito livre.
Quem conhece um piso vidrado? É sim, vidrado. De vidro. Resistente. Grosso. Que separa andares. Separa andares de uma construção. De um prédio.
Pois bem. O narrador do fato afirmou categoricamente que por várias vezes passou em volta desse local descrito. Olhou. Arriscou um pé em uma lateral. Uma pisadinha no centro, com a perna bem esticada. Colocar o corpo todo? Nem pensar. A sensação de desconfiança e desconforto o impedia de caminhar sobre o tal piso. Crianças correndo, brincando, maravilhadas com o espaço, que possibilitava olhar o andar de baixo e as atividades ali realizadas não impediam que ele também realizasse essa simples tarefa da caminhar.
Em um determinado dia, conversando ao lado de um amigo, que provavelmente desconhecia aquela sensação de desconforto, caminhou de ponta a ponta, parou, observou, calmamente, tranquilamente, com confiança.
Segundo o narrador, a presença do amigo ao lado é que possibilitou aquele caminhar.
Ainda, segundo o narrador, existem pessoas que a simples presença nos traz infinita e cega confiança.
Eu fiquei refletindo sobre a história, sobre a palavra, sobre o sentimento.
Em quem podemos confiar cegamente?
Pensemos.