sexta-feira, 12 de março de 2010

PERDAS

Anos atrás uma personalidade morreu e eu comentei com uma amiga que tinha chorado muito pela perda. Ela respondeu que não chorava "por essas pessoas". Ela se referia a personalidades de um modo geral. Artistas, jornalistas, escritores. Personalidades.
Hoje eu acordei chorando por mais uma perda. Me lembrei da minha amiga.
Não é uma questão de certo ou errado. Acredito que seja uma questão de sensibilidade. De referências que temos em nossas vidas. Eu tenho.
Acredito que somos fruto de tudo que vivemos. Família. Amigos. Ambiente escolar. Ambiente de trabalho. Eu particularmente tenho verdadeira paixão pela área de comunicação. Infelizmente trabalhei pouco tempo nesse segmento por motivos que não vem ao caso.
Mas hoje chorei e muito ao ver várias citações de época, de saudade. Referências.
Li muita coisa que queria ter competência para escrever.
Será que na cabeça (ou coração) de alguem é mais sincero ou real chorar por terremotos,enchentes, por descasos do poder público, por vitórias de pessoas determinadas que não conhecemos, por que o time perdeu? Sei lá.
Acho que choro mais por pessoas que partem, mas que foram referencias para mim. Referências de uma época (em todo seu conjunto). Adoro gente inteligente. Gente com senso de humor inteligente. Adoro todo tipo de criação (musica, cinema, teatro, escrita,desenho, interpretação, pintura).
E hoje chorei por uma perda "talvez ....dessas pessoas". Que conheci.Melhor, que vi algumas vezes, dê passagem. E quando ele passava, eu sorria imaginando aqueles personagens todos atrás dele. E ficava feliz em ver mais uma das minhas referências andando por ali.
Recomendo
http://universohq.blogspot.com/2010/03/um-tributo-ao-glauco.html

http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1526850-7084,00-CARTUNISTAS+HOMENAGEIAM+GLAUCO+NA+INTERNET.html

terça-feira, 9 de março de 2010

BBB e a Ditadura da cultura

Amigos! Este texto já foi escrito e reescrito mil vezes (na mente). Fruto de uma conversa informal sobre cultura/entretenimento/diversão.
Como o próprio blog explica sou uma pessoa que adora o ser humano sob todos os aspectos. Na sua variedade, na aparência, no conteúdo. Gosto de observar, de ouvir.
Tenho lido em vários locais sobre o BBB e a cultura.
Fui verificar no dicionário cultura mas não vou ficar aqui repetindo a definição para essa palavra. Nem vou repetir a definição de popular.
Vou dizer o que penso simplesmente. E com certeza repetir chavões mais que conhecidos. A tv é um veículo democrático. Tem várias opções e um botão que liga e desliga.
Tenho ouvido e visto também várias pessoas comentarem "meu filho disse que no BBB.....minha vizinha viu no BBB.....minha prima viu no BBB". Inacreditávelmente, sempre é outra pessoa que assiste. Nunca aquela que está citando algo que tenha acontecido no referido programa. E mesmo assim "niguém assistindo". Tem milhoes de votos, audiência na frente dos concorrentes. Manchetes nos portais, na midia impresa.
Eu me reservo o direito de afirmar que assisto sim. Talvez não diariamente. Talvez menos do que gostaria. Talvez porque um dia seja melhor e outro não. Mas para quem gosta do ser humano é um prato cheio.
Vão dizer que os participantes são dirigidos, que tem assuntos limitados, que tem personagens para desenvolver lá dentro, etc. Pode ser....ou não.
Nunca almejei o titulo de culta, muito menos o de ignorante.
Mas defendo o direito absoluto de cada um fazer o que quiser com seu aparelho de tv.
Leio livros (menos do que gostaria), quando possível vou ao teatro, ao cinema, assisto documentários (na tv...aquele aparelho que tenho algumas alternativas e pode inclusive ficar desligado), assisto futebol, assisto desfile de escolas de samba. Acompanho na medida do possível informações da cidade, do mundo, do planeta. Com os noticiários fico informada (porém as vezes irritada - com a impressão e quase certeza que vemos constantemente noticias que parecem velhas e repetidas - suborno, corrupção, assalto, enchente).
Alguem disse "BBB... alguns amam, outros odeiam" Não me encaixo em nenhum desses casos. Mas me reservo o direito de assistir o que quiser, quando quiser, sem ninguem dizer que sou mais ou menos inteligente, mais ou menos culta, mais ou menos informada simplesmente por causa de um programa que assisto. Ah! Eu assisto.
Poderia falar sobre ensino, educação. Poderia falar a quem interessa um país de cidadãos informados. Mas isso fica para outro dia.
Poderia falar sobre quantos lugares tem um teatro, uma sala de cinema e quantos lugares tem um estádio de futebol. Mas aí viriam as questões econômicas. E acabaria fugindo do objetivo do texto.
Fico por aqui.